Brasileiros usam células-tronco para tratar necrose em ossos

25/01/2012

Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia desenvolveram um tratamento contra doenças nos ossos com a aplicação de células-tronco. A técnica é eficaz na maioria dos casos de necrose em estágio inicial. No Estado, o tratamento com as células-tronco ganha importância porque tem a maior incidência do país de anemia falciforme, uma alteração genética no sangue que causa, entre outras complicações, a morte do tecido ósseo. A doença atinge principalmente a população negra, que é maioria na Bahia. O processo se dá quando os médicos retiram células-tronco mesenquimais do osso da bacia do próprio paciente. Essas células, que se transformam facilmente em tecidos diferentes, são injetadas nas áreas atingidas e substituem as células ósseas mortas. O tratamento tem sido usado principalmente no fêmur. “O grau de eficácia está em torno de 93% a 95% dos pacientes que se submetem a esse tratamento. Eles praticamente abandonam a bengala 30 dias depois, a dor desaparece 48 horas depois e eles retomam a marcha próxima do normal”, garante Gildásio Daltro, ortopedista coordenador da pesquisa. O novo tratamento já beneficiou 60 pessoas de diversos Estados. O engenheiro Antônio Palmeira sofria de uma necrose de causa desconhecida, que prejudicava tanto o fêmur direito quanto o esquerdo. O tecido morto se recuperou após a injeção das células-tronco. “Já estava perdendo os movimentos das pernas, não estava caminhando normalmente. Quando caminhava um pouco, a perna ficava meio rígida, e tinha até dificuldade de dobrá-la nesse período”, conta Palmeira. Também Júlio César Alves se aposentou por invalidez devido aos problemas causados pela anemia falciforme. Ele fez o transplante no fêmur e quer fazer o procedimento também no ombro.
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