Espanhóis identificam processo que aumenta defesa do organismo
10/08/2011
Uma equipe do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol), descobriu recentemente um processo molecular no qual os glóbulos brancos amplificam a resposta imunológica.
O estudo, no qual participam os pesquisadores do CSIC, revelou que os linfócitos T, encarregados de reconhecer moléculas que fazem parte de um patogênico (antígenos) e que também ativam o sistema imunológico, são capazes de “devorar” essas moléculas e ainda expô-las a outros linfócitos.
O trabalho foi financiado pelo Ministério Espanhol de Ciência e Inovação, através da Rede de Câncer do Fundo de Pesquisa Sanitária e da Associação Espanhola contra o Câncer.
O órgão afirmou em comunicado que a pesquisa, publicada na revista Immunity, poderia servir de base no futuro para utilizar os linfócitos T como uma vacina viva – quando, até então, era conhecida apenas a capacidade dos linfócitos T para reconhecer moléculas expressadas por células infectadas com vírus ou células que apanharam outro tipo de micróbios.
Ainda, conforme o CSIC, tais linfócitos T ativam uma resposta seletiva em direção a esses micróbios para que o sistema imunológico adquira memória e seja capaz de combater, de forma mais eficaz, uma segunda infecção com o mesmo patogênico.
“Os linfócitos T também têm capacidade fagocitária, quer dizer, são capazes de devorar um antígeno. Além disso, o expõem em sua própria membrana para que outros linfócitos T o reconheçam. São, portanto, executores e, ao mesmo tempo, desencadeiam a resposta imunológica”, afirma Balbino Alarcón, pesquisador do CSIC.
Os pesquisadores reconheceram o processo em questão ao estudar a função da proteína TC21M que, de acordo com eles próprios, resultou ser fundamental na fagocitose dos linfócitos T.