Norte-americanos descobrem defesa contra infecções hospitalares
24/08/2011
Pesquisadores de um grupo de universidades norte-americanas descobriram um método usado por células do intestino como defesa contra a bactéria Clostridium difficile, um dos micro-organismos mais comuns responsáveis por causar infecções hospitalares. O estudo foi divulgado na última versão online da revista científica Nature Medicine.
De acordo com os estudiosos, o organismo de apenas uma célula produz duas toxinas poderosas e é resistente a antibióticos; a bactéria pode gerar desde diarreias até inflamações no intestino que podem levar à morte, enquanto que as toxinas destroem a estrutura das células do corpo – mas, para isso, elas precisam atravessar a membrana.
Por serem moléculas grandes, as toxinas precisam ser “divididas” em pedaços menores para poder penetrar na célula. Os pesquisadores, liderados por Tor Savidge (da Universidade do Texas), apostaram que o segredo está em impedir que a toxina se divida e atravesse a membrana protetora.
Ainda, durante a pesquisa, os cientistas usaram tubos de ensaio, culturas de células e modelos animais (ratos), encontrando também com simulações de interações entre as moléculas – feitas no computador.
Após os experimentos, os norte-americanos descobriram que a combinação de dois compostos – conhecidos como s-nitrosoglutationa (GSNO, na sigla em inglês) e hexafosfato de inositol (InsP6), ambos produzidos pelas células do intestino, podem ser eficientes para evitar os danos causados pela C. difficile.
Para os especialistas, 1% de todos os pacientes de hospital desenvolvem infecções causadas pela C. difficile. Assim, os tratamentos convencionais permitem que o micro-organismo continue a se reproduzir e, ainda por cima, destrói as bactérias que vivem em harmonia com o intestino dos humanos.