Anvisa encontra divergências sobre uso de inibidor de apetite

07/09/2011

No último dia 2, o Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, durante o programa “Brasil em Pauta”, pela TV NBR – do Governo Federal, afirmou que há divergências na agência em relação ao uso de medicamentos à base de sibutramina, um tipo de inibidor de apetite. De acordo com Barbano, enquanto a equipe técnica defende a manutenção da comercialização da substância, a câmara técnica – que assessora a agência, crê que a sibutramina deve ser retirada do mercado. “No caso da sibutramina, já foi retirada do mercado em diversos outros países, como na Europa e nos Estados Unidos, enquanto que no Brasil temos, hoje, a seguinte situação: uma proposta da equipe técnica da Anvisa de retirar os derivados anfetamínicos do mercado e manter os medicamentos à base de sibutramina; e uma posição da câmara técnica – que é uma câmara assessora, de que a sibutramina também tem de ser retirada”, comenta. Ainda, conforme o Presidente da Anvisa, em até 20 dias a agência deve chegar a um entendimento sobre o medicamento – lembrando que, no dia 31 de agosto, a diretoria da Anvisa decidiu transferir para uma reunião pública, em data a ser determinada, a votação do relatório da câmara técnica que recomenda a retirada da sibutramina e de outros medicamentos inibidores de apetite do mercado. Barbano afirma também que a decisão é importante para que a sociedade não tenha dúvidas sobre o medicamento: “Percebe-se que a sociedade ficou um pouco incomodada porque, de fato, as inseguranças que temos são significativas. (...) Se o produto permanecer no mercado é porque ele permaneceu lá para ser usado em situações no qual o benefício supera o risco”. O uso dos medicamentos é defendido por médicos especializados no tratamento de obesidade, associações e sociedades médicas do setor. Os inibidores de apetite atuam no cérebro dos pacientes, onde existe uma região conhecida como hipotálamo, que regula a sensação de fome e saciedade. Contudo, caso o órgão decida pela proibição dos medicamentos, a única opção restante para combate à obesidade será o orlistate, medicação de alto custo que atua diretamente no intestino e reduz em até 30% a absorção de gordura. A Anvisa divulgou uma nota técnica em fevereiro na qual recomendava evitar o uso dos remédios (além da sibutramina, a anfepramona, o femproporex e o mazindol), já que poderiam provocar efeitos colaterais como problemas cardíacos.
Conversar pelo Whatsapp
Olá estamos esperando seu contato!
Que tal tirar suas dúvidas pelo WhatsApp?
Iniciar Conversa!