Relatório afirma que mortalidade infantil no mundo caiu 36% em 20 anos
21/09/2011
A mortalidade infantil caiu 36% nas duas últimas décadas, ao passar de 12 milhões de mortes de menores de cinco anos em 1990, para 7,6 milhões em 2010. A informação é de um relatório realizado em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na África Subsaariana, por exemplo, a região do mundo com maiores taxas de mortalidade infantil, o número caiu pela metade nos últimos dez anos em relação à década anterior.
“Esse dado demonstra os grandes avanços conquistados inclusive nas regiões mais pobres do mundo”, afirma o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, que, no entanto, alerta que ainda morrem 21 mil crianças por dia em todo o mundo por causas que poderiam ser evitadas.
Já a diretora geral da OMS, Margaret Chan, fala que a redução da mortalidade infantil depende de múltiplos fatores, como a melhoria do acesso aos serviços sanitários nas primeiras semanas de vida, a prevenção de doenças infantis, a melhoria da cobertura de imunização e também dos serviços de saneamento.
O relatório adverte, porém, que um dos desafios para o futuro é reduzir os números de mortes de recém-nascidos e bebês, já que mais de 70% das mortes de menores de cinco anos acontecem no primeiro mês de vida – e dessas, 40% ocorrem durante a primeira semana de vida.
Mas, apesar dos progressos, o relatório indica que ainda há grandes disparidades entre regiões, já que a África Subsaariana – onde morre uma entre oito crianças antes de completar os cinco anos, segue tendo a proporção mais alta de mortalidade infantil do mundo: 17 vezes maior que a média dos países desenvolvidos.
Ainda a região Ásia-Pacífico ocupa o segundo posto entre as que têm maior mortalidade infantil, onde morre uma em cada 15 crianças antes de chegar aos cinco anos.
Em 2010, cerca de metade do total de mortes de menores dessa faixa etária aconteceu em apenas cinco países: China, Índia, Nigéria, Paquistão e República Democrática do Congo.