Estudos revelam novidades sobre HPV e câncer de próstata

28/09/2011

Um estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), revelado na última semana, mostrou que 30% dos pacientes tratados no local, após terem desenvolvido câncer na cabeça ou no pescoço, contraíram a doença por causa do vírus do papiloma humano (HPV). A maior parte (70%) dos pacientes afetados na pesquisa eram mulheres, com idades entre 40 e 50 anos. Os tumores ligados ao HPV são normalmente menos agressivos e respondem bem ao tratamento – sendo que o vírus pode ser evitado com o uso de camisinhas durante o sexo. Segundo o médico Marco Aurélio Kulcsar, a maioria dos pacientes descobre a doença quando ela já está em uma fase avançada. Ainda a ação do HPV para cânceres na cabeça e no pescoço é piorada caso o paciente tenha o hábito de fumar. Alguns sinais de câncer nessas regiões do corpo são manchas brancas na boca, dor, feridas com sangramento e que demoram para cicatrizar, nódulos no pescoço que não somem após duas semanas e até mudanças na voz e dificuldade para engolir alimentos. FATORES DE RISCO PARA CÂNCER DE PRÓSTATA Deixados para serem divulgados no início de outubro, dois estudos revelam dois novos fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata. Conforme estatísticas do Observatório Europeu de Câncer, 70 mil homens morrem por causa de tumores malignos na glândula (que produz um líquido presente no sêmen) na União Europeia a cada ano. Ambos os trabalhos foram coordenados pelo médico David Oersted, do hospital da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. No primeiro estudo os cientistas conseguiram provar que pessoas com hiperplasia benigna – um crescimento anormal do órgão, comum em homens acima de 50 anos – têm maiores chances de desenvolver câncer na próstata. Já o segundo mostra que saber o nível da presença de antígenos – proteínas que são indicadores para a presença de câncer na próstata – no corpo pode servir para prever o risco de um homem desenvolver tumores malignos na glândula e até morrer no longo prazo. Para os pesquisadores, a utilidade dos dois trabalhos está na possibilidade de gerar ideias para um monitoramento mais barato e eficiente do câncer de próstata, bem como reduzir a demora e os erros tanto no diagnóstico quanto no tratamento. No primeiro estudo os pesquisadores queriam saber a associação entre as duas doenças por meio da análise de cinco registros de saúde sobre mais de 3 milhões de pacientes homens da Dinamarca. Foram consultados os dados de mais de 53 mil pessoas com câncer de próstata, sendo que cerca de 25 mil delas morreram. Já a hiperplasia benigna foi estudada pelo número de hospitalizações 187,5 mil e operações para tratar a doença: quase 77 mil entre 1980 e 2006. Contudo, os médicos ainda são cautelosos para dizer, definitivamente, que a hiperplasia pode ser uma causa direta do câncer de próstata, embora os resultados obtidos pela equipe de Oersted apontem a um cuidado maior no acompanhamento de pacientes com a doença benigna. Já o segundo trabalho serviu para analisar como os níveis de antígenos específicos da próstata podem ser usados para prever se o paciente terá câncer e se pode morrer por conta da doença. A base do estudo é de dados sobre sangue coletado de 4.383 homens entre 20 e 94 anos, acompanhados entre 1981 e 2009. Desses, 170 homens desenvolveram câncer na próstata e 94 morreram. Os resultados mostraram que o aumento nos níveis de antígenos podem ser indicadores para o surgimento da doença no futuro – e não só como sinais de que a doença já está acontecendo na próstata do paciente.
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