Governo Federal disponibilizará kits de diagnóstico de cinco doenças

23/11/2011

O Instituto Carlos Chagas/Fiocruz do Paraná, vinculado ao Ministério da Saúde, junto da empresa Lifemed, no último dia 17, assinaram um acordo para a produção de kits que diagnosticam HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B com uma única gota de sangue. Os kits devem estar disponíveis aos usuários do Sistema Único de Saúde em 2014. No primeiro ano, serão produzidos 2 milhões de kits a R$ 30,40 cada. Já no último, em 2019, serão produzidos 10 milhões a R$ 21,50. O protótipo do equipamento foi desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná sob coordenação do ministério. Portátil, o teste poderá ser realizado no próprio consultório médico, oferecendo os resultados em poucos minutos. O exame, porém, será indicado para o diagnóstico de doenças infecciosas durante o pré-natal, devendo ser realizado em locais remotos do Brasil. Segundo a pasta, R$ 950 milhões serão investidos em cinco anos na compra dos kits. O Ministério da Saúde estima ainda economizar R$ 177 milhões durante o período, com a compra em escala progressiva (o preço unitário do produto deve reduzir cerca de 30% nesses anos). Ainda, no documento, o Ministério assinou nove parcerias com laboratórios públicos e empresas privadas para produzir, além do kit, outros 28 medicamentos, bem como o DIU (dispositivo usado na prevenção da gravidez). Os produtos são voltados ao diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, de Crohn (inflamação da parede intestinal), crônicas não transmissíveis, degenerativas, antipsicóticos, hemofilia e tuberculose. Também de acordo com a pasta, cinco desses produtos já estão sendo produzidos – dois antipsicóticos, um antirretroviral, um imunossupressor e um relaxante muscular. Contudo, para o Presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, os estudos indicam que o kit tem capacidade ainda maior: “Têm potencial de incluir 100 doenças, podendo atender 100 pacientes”. “O que nós estamos fazendo é dotar a atenção básica de saúde de um equipamento de fácil manuseio, que chega a qualquer lugar do país”, completa o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enquanto que o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Carlos Gadelha, resume: “É o desenvolvimento de uma maneira de diagnosticar; é um sistema rápido, barato e preciso para aplicarmos em nossa rede nacional”.
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