Medicamento para colesterol previne câncer em pacientes com coração transplantado
23/05/2012
O uso de remédios indicados para diminuir o colesterol, conhecidos como “estatinas”, previne o câncer e aumenta a sobrevida de pessoas que se submeteram ao transplante de coração. A afirmação é de um estudo realizado pela Sociedade Europeia de Cardiologia, divulgado na última semana.
As estatinas são medicamentos que atuam no sistema imunológico e geralmente são usados para diminuir o colesterol considerado ruim. Mas, ao serem dados para os pacientes transplantados, os estudiosos perceberam que os casos de câncer diminuíram e o tempo de vida aumentou entre eles.
De acordo com o estudo, o câncer é a maior causa de morte em pacientes com coração transplantado. Nesses casos, o surgimento do câncer de pele, intestino, próstata e linfomas também são comuns.
O estudo incluiu todos os 255 pacientes que passaram por transplante de coração no Hospital Universitário Zurich, na Suíça, entre 1985 e 2007, e que estavam vivos depois de um ano de cirurgia.
Por meio dessas análises, se detectou que as estatinas reduziram em 65% o risco desses pacientes de ter qualquer tipo de câncer. Ainda, oito anos depois do transplante, a incidência de tumores foi de 34% em pacientes que não usaram a medicação, enquanto que entre os que a usou o índice foi de 13%. – O benefício também se mostrou duradouro em dez anos: 39% ante 18%, entre os que usaram, e em 12 anos (42% ante 22%).
Contudo, a pesquisa, a partir de tais evidências, concluiu que o aumento da taxa de câncer em quem recebeu um coração transplantado pode estar sim relacionado à queda da imunidade.