Cubanos registram novo teste que detecta câncer colorretal
05/09/2012
Cuba registrou um dispositivo para detectar câncer colorretal, após provar sua eficácia em um estudo realizado com mais de 7 mil adultos maiores de 50 anos de idade. A informação foi divulgada no último dia 31, através de um especialista local.
O dispositivo, denominado “Sumasohf” e que obteve o “registro sanitário”, detecta mediante um teste rápido o sangue humano “oculto em fezes” – importante marcador de risco da provável presença de câncer colorretal e outros males do trato digestivo, conforme afirma Aramis Sánchez, chefe de Programas Nacionais do Centro de Testes Imunológicos de Havana.
Citado pelo jornal oficial Granma, Sánchez explica que o procedimento, desenvolvido por cientistas desse centro, “foi validado em um estudo realizado com 7450 adultos de ambos os sexos nas províncias cubanas de Santiago de Cuba [no sudeste] e Mayabeque [a oeste]”.
Deste total de pessoas, “662 mostraram resultados positivos e 555 doenças do trato digestivo – entre elas 14 casos de câncer colorretal e outros 78 com pólipos adenomatosos e colite ulcerativa”, acrescenta o especialista. – O registro é o que permite usar o dispositivo maciçamente nas pesquisas ativas de câncer de cólon realizadas na ilha.
Sánchez destaca ainda que o Centro está em condições de abastecer os dispositivos e reativos necessários para garantir a progressiva introdução desse teste no sistema nacional de saúde a partir dos meses finais deste ano.
O Centro de Testes Imunológicos faz parte do Polo Científico do oeste de Havana, sendo uma das 20 instituições encarregadas da produção e venda de produtos farmacêuticos, somando aproximadamente US$ 400 milhões anuais – representando também o segundo maior item de exportação da ilha, ficando atrás apenas do níquel.
Ainda o periódico local destaca que 2281 cubanos faleceram no ano passado com câncer de cólon e que a doença, que ocupa em nível mundial o terceiro lugar das mortes por tumores malignos, mostra na ilha uma “tendência geral ao aumento de sua incidência e mortalidade”.