A vida moderna está nos consumindo?

11/11/2013

Vivemos hoje em uma sociedade acelerada, de muitas cobranças, em que nossa atividade principal é geralmente nos consumir para consumir algo. Expressões como “para ontem”, “você pode adiantar isso?” e “vou atrasar um pouco” fazem cada dia mais parte do nosso cotidiano. Mais aos olhos dos outros, do que dos nossos próprios, temos a obrigação de acumular dinheiro, ter um corpo melhor, encontrar soluções mais rápidas e sermos sempre realizados. É como se tivéssemos a sensação de que alguma coisa está fora do lugar e, mesmo não sabendo exatamente o que é, os dias passam rapidamente enquanto vivemos de uma maneira na qual nossa satisfação pessoal acaba sempre em segundo plano, ou ainda mais abaixo. Essa é parte da vida na sociedade moderna, que infelizmente acaba nos transmitindo parcela desse desespero. A busca por soluções mais rápidas não acabam por aqui. Redes de fast food se tornam ponto de encontro para café da manhã, almoço e jantar, enquanto a falta da prática da atividade física de modo regular inflacionam as estatísticas de casos de obesidade, hipertensão, colesterol alto e de outros fatores relacionados à má qualidade de vida. No ramo profissional, a tendência é a busca pela realização plena. Muitos ainda não se planejaram para um futuro imediato, onde fatalmente haverão cobranças exacerbadas de si mesmo e dos outros, o que também pode causar problemas relacionados à saúde. No âmbito pessoal, os relacionamentos contemporâneos são predominantemente afetados pela ausência de compromisso e de alteridade. Exemplo: hoje, raramente encontramos pessoas que se sintam plenamente satisfeitas com seus parceiros afetivos. Muitos vivem e lidam com esse assunto de forma descartável. Esse descaso pode ser uma fragilidade e então, o sentimento de insegurança inspira um conflitante desejo de tornar o laço intenso e, ao mesmo tempo, deixá-lo desprendido. A partir de fatos como os citados, surgem doenças psicossomáticas, características da vida moderna, físicas ou não, que têm seu princípio na mente. O diferencial mais importante para se considerar uma doença como psicossomática é entender que a principal causa dessa descompensação física, que aparece no corpo, está dentro do emocional da pessoa, ligada portanto à sua mente. Embora muitos valores aparentam estar invertidos, talvez o problema não seja a vida moderna propriamente dita, mas sim a forma como lidamos com as situações que ela nos envolve e nossa habilidade de transpassá-las de forma positiva, lembrando que é preciso viver e não somente sobreviver.
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