Como lidar com os distúrbio alimentares
30/07/2014
Os distúrbios alimentares são doenças psiquiátricas que se caracterizam por alterações no comportamento alimentar, onde o paciente assume uma preocupação extrema com a comida que é ingerida, assim como em relação ao seu peso corporal.
Os fatores que podem levam à anorexia ou bulimia nervosa e compulsão alimentar, além de se manifestarem especialmente pelo descontentamento dos doentes em relação ao seu corpo, à sua figura, têm ganhado força pelos rígidos padrões de beleza impostos por capas de revista, celebridades e até mesmo em fóruns na Internet – onde a anorexia e a bulimia são apelidadas de “ana e mia”.
É muito importante ficarmos atentos, pois os distúrbios alimentares podem passar desapercebidos por um longo período de tempo e ainda serem negados por quem é acometido.
No primeiro caso, as pessoas que sofrem de anorexia nervosa possuem uma visão distorcida do próprio corpo, portanto são extremamente magras, mas constantemente se convencem de que estão obesas. Isso é resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, que pode desencadear problemas psiquiátricos graves. A tomada de decisões radicais para a perda de peso é diária e os principais sintomas são a prática intensa e exagerada de atividades físicas, perda rápida de peso sem nenhuma justificativa, depressão, irritabilidade, recusa em participar de refeições familiares, interrupção do ciclo menstrual e jejum. A anorexia nervosa é grave e afeta principalmente as mulheres adolescentes, embora a incidência nos homens também esteja crescendo.
Já a bulimia é um transtorno que se caracteriza por situações rotineiras e sem controle no momento de ingerir grande quantidade de alimentos em um curto espaço de tempo e, logo em seguida, se sentir culpado e com medo de ganhar peso, acabando assim tendo reações inadequadas como indução de vômitos, uso de laxantes e diuréticos, prática exagerada de atividade física e jejum prolongado. Nos portadores de bulimia, a magreza não é o principal fator que chama atenção e as causas são semelhantes às da anorexia, como predisposição genética, pressão social e familiar, além da valorização do corpo magro como sinônimo de beleza.
Outro distúrbio menos conhecido perante os já citados, mas não menos preocupante, é a compulsão alimentar. As pessoas que sofrem dela comem uma quantidade exagerada de comida, se sentem fora de controle, mas incapazes de parar de comer. Ao contrário dos distúrbios citados anteriormente – anorexia e bulimia –, as pessoas com compulsão alimentar não provocam vômito e não praticam exercício físico, tornando-se obesas ou adquirindo excesso de peso. Esse distúrbio funciona como um ciclo: comem para se sentirem bem, se sentem piores ainda depois que comem, mas voltam a comer para se sentirem aliviados, em suma, fazendo da alimentação uma válvula de escape.
Os tratamentos variam de acordo com o distúrbio envolvido e sua gravidade, mas podem incluir medicamentos – como antidepressivos –, psicoterapia e reeducação alimentar. Em geral, o tratamento desses pacientes exige o trabalho de equipe multidisciplinar para sua máxima eficácia.