A Secretaria de Saúde de São Paulo, no último dia 15, iniciou uma campanha de vacinação contra o sarampo a todas as pessoas que irão viajar tanto para o exterior quanto para outros Estados brasileiros. A decisão foi tomada após a confirmação do primeiro caso de sarampo no Estado desde 2005 – há duas semanas, na cidade de Campinas. Além dos viajantes, também devem tomar a vacina os profissionais de saúde e de educação, bem como profissionais que atuam no setor de turismo (motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes). “Esta é uma ação que estamos chamando de intensificação, para acertar o esquema de vacinação para quem não tomou a vacina. Portanto, não há necessidade de repetir a dose”, explica Helena Sato, Diretora de Imunização da Secretaria. Ainda a medida do Governo Estadual – que serve para os que ainda não foram imunizados contra a doença – deverá evitar que o sarampo circule no território paulista. Uma única dose da vacina vale para a vida inteira e deve ser tomada por crianças a partir de um ano. As doses estão disponíveis em qualquer posto de saúde, mediante carteira de vacinação. “Temos casos de sarampo em vários países do mundo. Então não podemos baixar a guarda”, fala Helena. Os principais sintomas do sarampo são febre e manchas avermelhadas no corpo, acompanhados ou não de tosse, coriza, conjuntivite e aversão à luz. Nesses casos a recomendação é para que a pessoa procure imediatamente um posto de saúde e evite contato desnecessário com outras pessoas até que receba avaliação médica. Também os sinais são parecidos com a dengue, o que determinou uma outra ação da vigilância epidemiológica. “Aqueles resultados negativos para dengue a gente vai re-testar para sarampo, assim como os resultados negativos para rubéola”, explica Brigina Kemp, Coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Estado. O CASO No último dia 10 a cidade de Campinas, após 12 anos, voltou a registrar um caso de sarampo. É um homem de 41 anos, não vacinado, que apresentou sintomas após voltar de uma viagem a Orlando, nos EUA, em janeiro (e, ainda conforme análise realizada pelo laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o vírus é similar aos dos surtos registrados em países da Europa como Inglaterra, França, Itália e Holanda). O campineiro foi medicado, ficou internado alguns dias e está curado – enquanto que todos que estavam no mesmo voo e ônibus que fez o translado do aeroporto para Campinas foram vacinados. O Estado de São Paulo não apresenta casos autóctones de sarampo desde 2000. Em 2001, 2002 e 2005 foram identificados quatro casos importados ou vinculados à importação.