Pâncreas artificial poderá revolucionar tratamento de diabéticos
01/09/2010
Site Terra e Agência EFE
Uma cientista britânica desenvolveu um pâncreas artificial que pode revolucionar o tratamento do diabetes, pois permitiria acabar com as injeções diárias que os diabéticos precisam para controlar os níveis de glicose.
O pâncreas artificial, que ainda sendo está submetido a exames pré-clínicos, foi criado pela professora Joan Taylor, da Universidade de Montfort, em Leicester, na Inglaterra.
O órgão artificial, de acordo com informações do jornal britânico The Times, tem uma carcaça de metal que é mantida em seu lugar por uma barreira de gel e responde aos níveis de açúcar no sangu e, já que gera insulina quando é necessário.
Esse trabalho supre a insulina produzida por pessoas com diabetes, que não consegue regular os níveis de açúcar e provoca sérias complicações para o organismo - lembrando que algumas pessoas que têm a doença sequer produzem o hormônio.
O órgão poderia ser implantado entre a última costela e o quadril e recheado de insulina a cada poucas semanas. “Acredito que podia utilizar certa proteína (não específica) para criar um gel que pudesse reagir à glicose. Quando é exposto aos fluidos do corpo ao redor dos órgãos internos, o gel reage de acordo com a quantidade de glicose presente”, explica a cientista, que completa: “Os altos níveis fazem com que o gel se abrande e libere insulina na corrente sanguínea”.
Conforme o The Times, se os testes forem bem-sucedidos, o pâncreas artificial seria uma solução simples e barata para os diabéticos, já que a cientista afirma que o órgão não tem pilhas e ainda não seria visível na superfície da pele.
Joan e sua equipe de colaboradores acreditam que vão passar com sucesso pelos testes clínicos nos próximos anos e, caso tenham bons resultados, o órgão artificial poderá estar disponível dentro de cinco a dez anos.