Um simples questionário pode ajudar a diagnosticar o autismo em crianças de apenas um ano de idade, quando as perguntas são sobre como o bebê lida com as formas de comunicação (olhares, sons e gestos, por exemplo). O estudo da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA, foi publicado pelo periódico Journal of Pediatrics e, caso as respostas obtidas sugiram o autismo, a criança é encaminhada para exames mais completos, que são feitos semestralmente até que ela chegue aos três anos de vida. A técnica foi aplicada por uma rede de pediatras na região de San Diego e contou com a participação de mais de 10 mil crianças. Dessas, 32 foram diagnosticadas como autistas. Elas foram encaminhadas para tratamento em uma idade média de um ano e cinco meses – lembrando que um estudo de 2009 mostra que, normalmente, a idade média do início de tratamento é de aproximadamente cinco anos e sete meses. “Além da validação do conceito, que é empolgante, um programa de rastreamento como esse daria uma resposta mais rápida à preocupação dos pais quanto a possíveis sintomas de autismo e também daria mais confiabilidade que qualquer outra medida”, comenta Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA. Quanto mais cedo a síndrome for detectada, melhores são o desenvolvimento e o aprendizado da criança. Contudo, estudos anteriores mostram que há um atraso considerável entre os primeiros sintomas notados pelos pais e um eventual diagnóstico.