Hepatite B: maioria das manicures ignora o risco da doença

25/05/2011

Uma pesquisa realizada na cidade de São Paulo mostra que manicures e podólogos não se previnem como deveriam diante da hepatite B. As duas profissões constituem o principal grupo de risco ao lado de gestantes, bombeiros e profissionais da saúde. A hepatite B pode ser transmitida sexualmente, da mãe para o filho ou pelo sangue (como destaca o estudo). “A preocupação é em relação à retirada da cutícula, que é a proteção da unha, pois os sangramentos são frequentes”, explica Andréia Schunck, enfermeira do Hospital Estadual Emílio Ribas, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, responsável pela pesquisa. No estudo, 81% das entrevistadas disseram que não estão vacinadas contra a doença. As três doses necessárias na prevenção são oferecidas gratuitamente para a categoria pelo Sistema Único Saúde (SUS), mas 59% das pessoas ouvidas sequer sabiam disso. Andréia fala que passou mais de mil horas observando o trabalho das manicures, constatando que os cuidados também deixam a desejar. Nos salões visitados, 74% das profissionais não lavam as mãos entre o atendimento em duas clientes. Conforme a especialista, lavar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel já seria bastante eficiente. Ainda outros dados do estudo são preocupantes: apenas 5% das profissionais vestiam luvas, enquanto que apenas 7% usavam palitos e lixas descartáveis. Na avaliação da pesquisadora, ninguém fazia a esterilização corretamente, muitas vezes por desconhecer o procedimento. O correto seria usar o autoclave e esterilizar o material com vapor ou mesmo usar a estufa a pelo menos 170 ºC – “mas tinha gente que, além de usar um forninho para as tais esterilizações, até assava pão de queijo nos intervalos entre as clientes”, lamenta Schunck.
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