Público mais jovem é o grande alvo das empresas de tabaco

01/06/2011

O número de fumantes entre adultos, de acordo com a organização não-governamental Aliança de Controle ao Tabagismo, vem caindo nas últimas décadas. No entanto, mudanças na indústria do fumo, como o lançamento de cigarros com sabor de menta e chocolate, ajudaram a atrair o público jovem – seu grande foco atualmente. Por isso a Organização Mundial da Saúde adverte que esses aditivos aromatizados aumentam o potencial tóxico do cigarro, quando as substâncias já são proibidas nos Estados Unidos e no Canadá. A medida está prevista na Convenção para o Controle do Tabaco, um compromisso assinado por 173 países – dentre eles o Brasil. Ainda conforme o documento, o Brasil tem até o fim de 2011 para regulamentar a publicidade nos pontos de venda. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que está tomando as medidas necessárias. Vale ainda lembrar que a propaganda nos meios de comunicação do país já é proibida há dez anos, bem como Paula Johns, diretora-executiva da Aliança de Controle ao Tabagismo, afirma que pesquisas mostram que a maioria população aprova as restrições à publicidade, principalmente em relação aos jovens. Já empresa Souza Cruz, quem produz cigarros com aditivos, diz ser a favor de qualquer medida que tenha como objetivo acabar com o consumo entre os jovens, enquanto que a Phillip Morris, outra fabricante também procurada, não se manifestou sobre o assunto. MOBILIZAÇÃO No Dia Mundial sem Tabaco – no último dia 31, o Senado Federal promoveu um encontro com médicos – o Fórum das Entidades Médicas sobre Tabagismo – para debater os projetos de lei que tramitam na casa sobre a proibição do fumo em ambientes fechados em todo o país. Dois desses projetos são o PL 315/08 e o PL 316/08, que divergem sobre que forma tomaria a proibição do fumo, originado ou não do tabaco, em todo “recinto coletivo fechado, privado ou público”, enquanto que o PL 315/08 defende a extinção dos “fumódromos” e o PL 316/08 permitiria a existência dessas áreas. O fórum pretendia apresentar evidências científicas sobre os efeitos para a saúde causados pela exposição à fumaça ambiental de tabaco, sendo fruto de uma parceria entre a Associação Médica Brasileira, o Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e as Sociedades Brasileiras de Pneumologia e Tisiologia, de Cardiologia e de Oncologia, entre outras.
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