Câncer de próstata poderia ser tratado com remédios contra o colesterol

01/09/2010

Site G1 e AFP

Pesquisadores canadenses descobriram que um medicamento receitado a pacientes com alta taxa de colesterol também pode ser eficaz no tratamento contra o câncer de próstata, de acordo com um estudo publicado neste mês - setembro. A rosuvastatina parece impedir o crescimento de um tumor na próstata de ratos, conforme o estudo divulgado na revista European Urology. “Nossos resultados são uma prova sólida e uma boa razão para que sejam iniciados testes clínicos sobre os efeitos da enzima estatina no tratamento do câncer de próstata”, afirma o Dr. Xiao-Yan Wen, do hospital St Michael’s, de Toronto, no Canadá (foto). A estatina atuaria como um inibidor angiogênico, quer dizer, pode impedir que o tumor forme vasos sanguíneos a partir de vasos existentes para crescer. O câncer de próstata afeta um em cada sete canadenses, por exemplo, e um em cada 27 morrerá. Mas, apesar dos avanços no tratamento, vários pacientes atingem estágios avançados desta doença. A equipe de pesquisas administrou duas mil moléculas a peixes tropicais e identificaram que em sete deles o desenvolvimento de seus vasos sanguíneos secundários ficou mais lento. Esses peixes, os Percina caprodes, que vivem em águas doces, são usados pelos cientistas porque seu organismo tem alguns pontos semelhantes ao organismo humano. Depois os pesquisadores testaram a eficácia de uma das moléculas, a rosuvastatina, em um rato portador de células de câncer de próstata e descobriram que ela impedia o crescimento do tumor, aparentemente, sem efeitos colaterais. No homem, esta molécula tornaria mais eficazes as radiações, supõem os cientistas. E, se esta hipótese for confirmada por meio de testes clínicos, o tratamento contra o câncer de próstata de alguns pacientes poderá ficar mais barato e menos tóxico.
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