Estudo afirma que sono interrompido pode causar alterações memoriais
27/07/2011
Uma pesquisa publicada na última semana, na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revela que cientistas conseguiram apontar no cérebro os efeitos que as diferentes partes, interligadas, produzem durante o sono.
A técnica, recém-desenvolvida, usa a luz para monitorar as células do cérebro – chamada optogenética, que mostra que o sono fragmentado debilita a memória dos camundongos.
De acordo com a pesquisa, “o mínimo de sono interrompido é crucial para a consolidação da memória, independentemente da quantidade total de sono”.
A descoberta confirma uma desconfiança antiga dos cientistas, mas a área é muito difícil de pesquisar e nunca antes a hipótese pôde ser confirmada. O grande desafio que os cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, encontraram foi como eles fragmentariam o sono dos camundongos em períodos curtos sem afetar a duração nem provocar estresse.
“Roedores são animais muito sensíveis”, explica Luis de Lecea, um dos autores do estudo – “e qualquer um dos dois aspectos alteraria o resultado”. Conforme Lecea, a descoberta apenas foi disponível por causa da optogenética, definida em suas palavras como “uma forma muito, muito sutil de fragmentação de sono”.
Ainda, a longa desconfiança dos cientistas – entre eles os especialistas de Stanford – se dá pelo fato de que os problemas de memória são comuns entre pacientes com alcoolismo e apneia do sono, que raramente conseguem uma noite de sono contínuo.