Sobe número de casos de coqueluche em São Paulo

28/09/2011

O Estado de São Paulo sofre com grande aumento de coqueluche em 2011. Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, até o dia 20 de setembro foram registrados 183 casos da doença. Em todo o ano de 2010, foram 176 registros. Segundo a pasta, o aumento está dentro do esperado, uma vez que a doença apresenta sazonalidade – ao longo dos anos, o número de ocorrências varia. Neste ano, por exemplo, o valor representa uma taxa de 0,44 caso para cada 100 mil habitantes. Em 2008, considerado pela Secretaria o pior ano da doença no Estado, o índice chegou a 0,68 por 100 mil habitantes. As crianças são as que representam maior risco. De acordo com Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emílio Ribas, os bebês que contraem coqueluche com menos de um ano de idade apresentam nos dez primeiros dias sintomas como espirros, obstrução nariz e dor garganta. Após o período, caso não seja curada, a doença evolui para uma tosse prolongada com dificuldade de respiração. Nesse estágio a criança passa a correr risco de morte. Neste ano, o Estado de São Paulo teve sete das 15 mortes registradas pela doença no Brasil. Por isso o alerta de que crianças paulistas devem tomar vacina nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS), que estão equipados – segundo a Secretaria – para recebê-las de acordo com o calendário estabelecido pelo Ministério da Saúde. A primeira dose da vacina deve ser tomada aos dois meses de vida, depois aos quatro, e aos seis meses. Outros dois reforços devem ser aplicados até os seis anos de vida. Já após contrair a doença, os infectados são tratados com antibióticos. ADULTOS DOENTES Na fase adulta, conforme Gorinchteyn, os sintomas são mais brandos, uma vez que já foram vacinados. No entanto, a maior preocupação dos médicos é com relação à transmissão da doença, que ocorre via oral. “Pais e mães infectados podem transmitir a coqueluche para crianças que ainda não foram imunizadas, espalhando a enfermidade. Por isso, o quanto antes identificarmos a doença, melhor; assim podemos tirar essas pessoas de circulação e tratá-las, evitando um surto”, comenta o infectologista. De acordo com Renato Kfouri, Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, um dos motivos para o recente avanço da coqueluche é o fato da população mais velha não saber direito se está ou não com a doença. Para evitar mais casos, o médico defende que a vacinação seja estendida também a adolescentes e adultos como forma de evitar o contágio em crianças que ainda não foram completamente imunizadas. A vacina para pessoas na fase adulta, porém, não é distribuída na rede pública de saúde, podendo ser adquirida apenas em instituições particulares de saúde.
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