Novo teste de células-tronco embrionárias para cegos é aprovado nos EUA
26/01/2011
Nas imagens ao lado, uma montagem feita pelo Instituto Nacional do Olho, nos EUA, compara a visão normal com a imagem observada por pacientes que sofrem com a doença
A empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology anunciou neste mês ter recebido o sinal verde do Governo norte-americano para iniciar a segunda série de testes com células-tronco embrionárias humanas para tratar a cegueira - mas desta vez em pessoas mais velhas.
O teste avaliará a habilidade da terapia para tratar com segurança pessoas com um problema conhecido como degeneração macular senil, o tipo mais comum de perda irreversível da visão em pessoas com mais de 60 anos.
Ainda não há cura para a doença, que afeta de dez a 15 milhões de norte-americanos e outros 10 milhões de pessoas na Europa, conforme a empresa.
SEGUNDA AUTORIZAÇÃO
A FDA (Food and Drug Administration), entidade que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, liberou em novembro passado a empresa - sediada em Massachusetts - para começar um teste similar com pacientes com uma forma progressiva de perda de visão juvenil, conhecida como doença de Stargardt.
"A ACT agora é a primeira empresa a receber o aval da FDA para dois testes com hESC (sigla em inglês para células-tronco embrionárias humanas) e agora é um verdadeiro líder transnacional no campo da medicina regenerativa", comemora Gary Rabin, Presidente interino e chefe executivo da instituição, que completa: "Isso representa um grande passo à frente não apenas na área das células-tronco, mas potencialmente para técnicas modernas de cuidado com a saúde".
A companhia espera começar os testes clínicos nos Estados Unidos nos próximos meses e pretende procurar aprovação para testes similares na Europa, quando os mercados norte-americano e europeu para este tipo de tratamento somam entre US$ 25 bi e US$ 30 bi.
Doze pacientes participarão do estudo em vários locais nos Estados Unidos, inclusive a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade de Stanford.