Casos altos de hanseníase deixam Brasil em 2º no mundo

01/02/2012

O Brasil registrou, no ano passado, 30.298 novos casos de hanseníase, conforme dados divulgados no último dia 26, pelo responsável da Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. O número representa queda de 15% no registro da doença em todo o país entre 2010 e 2011. No ano retrasado, foram 34.894 novos casos (18,22 por 100 mil habitantes), sendo 2.461 na população menor de 15 anos de idade. Ainda, em números absolutos, o Brasil é o segundo país que mais registra novos casos por ano no mundo, ficando atrás apenas da Índia, que tem aproximadamente 150 mil novos casos ao ano. A divulgação antecedeu o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, celebrado em 29 de janeiro. Do total de 30.298 casos, 2.192 foram registrados em menores de 15 anos (4,77 por 100 mil habitantes) – o número representa 15,88 novos casos da doença por 100 mil habitantes. De acordo com o Secretário Barbosa, é importante analisar a incidência da doença na população menor dessa faixa etária citada, pois é alta a possibilidade de haver um adulto não diagnosticado em contato com essa criança. “Se há uma criança com hanseníase, com certeza há um adulto ali que não foi diagnosticado. Se o índice na população menor de 15 anos é alto, é sinal de que há muitos casos em adultos que não estão sendo tratados”, explica. As regiões norte, certo-oeste e nordeste são as que apresentam maior índice de novos casos, onde a incidência é considerada média. Já no sul e sudeste, a taxa é tida como baixa. METAS A meta do Governo Federal – prevista no Plano de Eliminação da Hanseníase – é que haja menos de um caso da doença para cada grupo de 10 mil habitantes até 2015. Segundo Barbosa, o ministério identificou 252 municípios prioritários de combate à hanseníase. Nesses locais as secretarias municipais de saúde trabalham com a busca ativa – o que aumenta o diagnóstico de novos casos e facilita o tratamento. Outra estratégia prevista no plano é a vigilância de contatos. O Secretário afirma que, para cada caso da enfermidade, outras cinco pessoas com quem o portador tem contato devem ser examinadas. Do total de municípios identificados pelo Ministério da Saúde como prioritários para o tratamento da hanseníase, 245 receberão R$ 16,515 milhões em fevereiro. Essas cidades representam 34,9% da população total do Brasil e 53% dos novos casos. O repasse está previsto no programa de erradicação da extrema pobreza, “Brasil sem Miséria”. Ainda, na metade do ano, tais municípios deverão receber um montante maior para o tratamento da enfermidade, acompanhamento de portadores, prevenção, reabilitação e vigilância e busca ativa de novos casos. Contudo, o Ministério esclarece que todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. Atualmente, em todo país há 23.660 pessoas em tratamento, que é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e pode durar entre seis meses e um ano.
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