Medicamento inibe reprodução do vírus do herpes
14/03/2012
O herpes faz pelo menos 640 mil novas vítimas por ano no Brasil. Para ser transmitido, o vírus precisa apenas de alguns segundos de contato entre uma pessoa e outra e, após o contágio, não há mais volta: a vítima irá carregá-lo pelo resto da vida.
Diferente do vírus HIV (da Aids), que não é transmitido apenas pelo contato, o do herpes pode ser passado apenas através de um beijo. A doença não tem cura, mas, se a pessoa tiver o sistema imunológico forte, consegue evitar novas crises e lesões. Além disso, o medicamento na hora certa pode evitar também o surgimento de feridas.
O aciclovir é o principal remédio para evitar o aparecimento das lesões causadas pelo vírus do herpes. O medicamento não mata o vírus, apenas impede sua reprodução.
A hora certa de passar o medicamento é quando o paciente começa a sentir a sensação de coceira, calor e incômodo localizados. Se aplicado em tempo, inibe a reprodução do vírus e evita a criação de ferimentos na camada mais superficial da pele.
Muitos o aplicam quando já estão com a lesão – e isso é errado, pois, após 72 horas da fase da coceira, o remédio já perde quase que completamente a eficácia.
Já no caso do herpes zoster, também podem ser aplicadas vacinas imunoestimulantes que diminuem a frequência e intensidade da doença. Por isso é importante procurar o médico logo quando surge a doença.
De acordo com Dr. Caio Rosenthal, infectologista, o vírus pode ser transmitido mesmo que a pessoa não tenha lesão aparente, mas, no caso de lesões, o contágio fica mais perigoso, sendo preciso bastante cuidado.
Na primeira vez que o herpes aparece, a lesão vem com mais força porque pega o sistema imunológico despreparado. O vírus é uma ameaça que o corpo não conhece e, por isso, não consegue a impedir, demorando a se defender e deixando o organismo mais vulnerável. Nas próximas infecções, o corpo se acostuma e consegue amenizar as lesões com uma defesa mais eficaz.
Quem tem o vírus é importante cortar do cardápio alimentos salgados e ácidos como batata, pipoca, laranja, suco de limão e vinagre, pois podem irritar ainda mais o herpes e aumentar a dor.
Há três tipos da doença: o labial, o genital e o zoster (um tipo mais raro de manifestação da doença que acontece quando há a reativação do vírus da catapora, o varicella-zoster) – lembrando que a doença também pode ser transmitida da mãe com herpes genital para o bebê, no caso de um parto normal. Nesse caso é fundamental um parto através da cesariana para evitar o contágio.