Um cansaço constante, sem motivo aparente, pode ser sinal de que algo não vai bem com o organismo. Por isso é preciso prestar atenção na alimentação, no sono, no funcionamento da tireoide, na quantidade de vitamina D do corpo e, ainda, em outras questões de saúde. De acordo com o endocrinologista Alfredo Halpern e a ginecologista Tânia Mauadie, o desânimo que muitas mulheres sentem pode estar relacionado ao hipotireoidismo, uma alteração na tireoide que faz o organismo funcionar mais devagar. Por isso a indicação é examinar a glândula, localizada no pescoço, principalmente se houver desânimo, unhas e cabelos fracos. Um teste clínico e laboratorial também ajuda a identificar o problema. Especialistas citam ainda a importância de comer alimentos com ferro para evitar a anemia; ingerir frutas cítricas junto facilita o aproveitamento do ferro pelo organismo. Outra questão fundamental para ter mais energia é aumentar a ingestão de cálcio e também a absorção de vitamina D (pois não adianta ingerir cálcio se o corpo estiver com falta dessa vitamina) – sem ela, o cálcio não se fixa nos ossos e, aí, pode surgir uma osteoporose, além de tomar sol por 15 minutos diários antes das 10h e após as 16h. Estudos apontam que a vitamina D também pode colaborar no tratamento de doenças reumáticas, autoimunes, diabetes e alguns tipos de câncer. Essa substância dá, ainda, mais vigor aos músculos, ajudando a manter o equilíbrio e evitando quedas. Em crianças, a falta de vitamina D pode ocasionar o raquitismo, uma doença que provoca calcificação insuficiente e a deformação dos ossos. Essa deficiência pode ser avaliada em testes laboratoriais, pela análise do cálcio na urina ou por exames de sangue. Conforme o endocrinologista, pelo menos 50% das pessoas em todo o mundo tem alguma falta de vitamina D. Ainda os profissionais ressaltam que uma pessoa com pressão alta pode ter mais risco de excesso de peso (por comer mal) e também de cansaço. Outros possíveis motivos de falta de energia são a dupla ou tripla jornada de trabalho, depressão, poluição, uso de determinados remédios e alterações hormonais como menopausa e andropausa. Por essa razão se recomenda fazer check-up pelo menos uma vez por ano.