Testes na USP usam massagens para reduzir enxaquecas

20/08/2012

Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto tem obtido evidências positivas com nova técnica que promete amenizar as dores da cefaleia, ou enxaqueca, através de massagens em pontos estratégicos do corpo. O foco do estudo são mulheres com restrições para tomar remédios, como as gestantes. De acordo com os estudiosos, trabalhos de respiração e circulação sanguínea na região do pescoço já se mostram eficientes na redução de sintomas como náuseas e rigidez muscular, conforme a coordenadora do projeto, Débora Bevilaqua Grossi, que dirige os testes a voluntárias de idades entre 18 e 55 anos, no Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas (CER-HC). Ainda alguns medicamentos são ministrados, segundo Débora, como forma de ajudar as respostas do organismo. “As pacientes precisam tomar remédio porque o tratamento multidisciplinar é mais efetivo do que uma abordagem única”, explica, ressaltando que o estudo ainda não foi concluído. Após serem avaliadas, as pacientes também são submetidas a um tratamento com duração de oito semanas – processo em que a pessoa avalia as tensões musculares principalmente em volta do pescoço. “A fisioterapia não vai curar a enxaqueca, mas queremos diminuir as sensações dolorosas que podem aumentar a dor de cabeça que as mulheres geralmente sentem”, comenta a pesquisadora. Cada sessão tem duração de aproximadamente 40 minutos, prescrita duas vezes por semana. O trabalho inclui 15 minutos de respiração, cinco minutos de liberação mio facial (uma massagem suave sobre a pele), e mais dez minutos da chamada “massagem clássica” na região cervical e no músculo temporal (na lateral dos olhos). Também mais cinco minutos são dedicados à técnica denominada “dígito compressão”, no qual um fisioterapeuta pressiona seu dedo sobre o ponto em que mais se concentra a dor até que a paciente se sinta aliviada. Por fim, a pessoa em tratamento é convidada a fazer alongamento. RELAÇÃO COM MEDICAMENTOS A fisioterapeuta Maria Cláudia Gonçalves – quem executa a massagem em caráter experimental, observa em suas pacientes os primeiros resultados positivos a partir da segunda semana de tratamento. São respostas do organismo que, gradativamente, evoluem de modo que, quem sofre de cefaleia, chega a dispensar a ingestão de remédios que tomaria normalmente se não estivesse fazendo a terapia. Contudo, se afirma que as ocorrências de enxaqueca têm diminuído de três para um dia por semana, de acordo com Maria Cláudia, “pois o tratamento tem reduzido a frequência, a intensidade e a duração da dor”.
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