Dormir menos que o habitual pode ser sintoma do Mal de Alzheimer

12/09/2012

Dormir mal pode ser uma indicação inicial do Mal de Alzheimer, segundo um estudo realizado em camundongos na Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Acredita-se que um componente chave da doença seja a formação de placas de proteína no cérebro. Na pesquisa, divulgada na publicação científica Science Translational Medicine, os cientistas mostram que os camundongos têm o sono interrompido quando essas placas começam a ser formadas. Ainda especialistas dizem que, se a relação entre esses dois fatores for comprovada, a informação pode ser uma importante ferramenta para o tratamento da doença. É consenso na literatura médica de que, quanto mais cedo se descobrem os sinais de Alzheimer, mais efetivo tende a ser o tratamento contra a enfermidade – que é degenerativa. Portadores da enfermidade não apresentam problemas de memória ou clareza de pensamento até estágios mais avançados e, quando isso ocorre, partes do cérebro já foram destruídas, dificultando ou mesmo impossibilitando o tratamento. Os níveis de proteína amiloide oscilam naturalmente tanto em camundongos quanto pessoas ao longo de um período de 24 horas. Mas, com o Mal de Alzheimer, tais placas são formadas permanentemente. Com o estudo, cientistas afirmam que camundongos de hábitos noturnos costumam dormir 40 minutos a cada hora, mas, tão logo as placas começam a ser formadas, o período de sono é reduzido para 30 minutos. “Se essas anormalidades começam cedo assim no desenvolvimento do Alzheimer humano, elas podem nos fornecer um sintoma facilmente perceptível da doença”, comenta David Holtzman, um dos pesquisadores. Porém, descobertas em camundongos nem sempre são aplicáveis a humanos – podendo existir outros motivos para a interrupção do sono. Por isso, especialistas dizem que são necessários mais estudos para que se tenha uma visão mais clara da enfermidade.
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