Vício em Internet pode trazer sérios riscos à saúde
18/03/2013
Viver conectado ao mundo virtual é uma prática cada vez mais constante para o mundo moderno. A facilidade que antes resumia-se apenas aos computadores, hoje se espalhou de uma maneira viral para notebooks, tablets e celulares. Não importa onde ou como, uma conexão na web será estabelecida.
Crescente em ritmo tão rápido quanto o da tecnologia cibernética são os riscos que essas práticas implicam na saúde de seus usuários. Pesquisadores britânicos, após avaliar 60 pessoas, entre elas alguns usuários assíduos da rede, concluíram que o vício em Internet, assim como a dependência de drogas, está associado a alterações de humor, ao aumento do risco de depressão e a sinais de abstinência.
“A associação entre o vício em internet e depressão e humor instável já era conhecida e demonstra que as nossas descobertas estão de acordo com estudos anteriores. Porém, o fato de o vício em internet ter sido fortemente relacionado a traços de autismo é um achado novo, e pode ser de natureza semelhante a associações estabelecidas anteriormente entre isolamento social e esse tipo de dependência”, escreveram os autores da pesquisa.
Como as drogas
Ainda de acordo com o artigo, pessoas viciadas na web são muito mais propensas a apresentar uma variação de humor negativa e um pior estado de espírito imediatamente após desligarem o computador do que indivíduos que a usam moderadamente. Segundo os autores, esse quadro é semelhante a sintomas de abstinência e reforça ainda mais que essas pessoas sofrem de dependência de Internet.
Para os pesquisadores, a mensagem principal desse estudo é a de que algumas pessoas podem acabar tendo muitos problemas com o uso excessivo da internet, inclusive danos à saúde física, para a visão – o aumento de miopia nos últimos trinta anos é prova disso –, braços e mãos – como tendinite nos dedos e punho –, e até mesmo prejudicar a qualidade de vida e os relacionamentos com outras pessoas, chegando a casos graves como depressão e fobia social.
Soluções práticas
Levando-se em conta que o uso de computadores e Internet é, para muitos, um caso de necessidade básica, há alguns meios de se não cortar plenamente a dependência dos aparelhos, pelo menos diminuir seu ritmo.
Por exemplo, usar o computador com o brilho baixo em um ambiente escuro, afastar focos de luz dos olhos, afastar o ar-condicionado ou ventilador do rosto, manter os aplicativos abaixo da linha dos olhos e também fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora – levantar e caminhar –, são atitudes extremamente positivas para ajudar a evitar esses transtornos.