Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, os estoques de hemocentros de todo o país começaram a diminuir significativamente. Cerca de 300 mil brasileiros – ou 1,8% da população brasileira – doam sangue todos os meses, mas curiosamente em períodos de frio, chuvas e com a aproximação das férias há redução de 20% a 25% no número de doações. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual ideal de doadores para um país é entre 3,5% e 5% de sua população, o que deixa o Brasil numa situação desproporcional ao desejado. Ainda com base em dados, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, são as que sofrem maior queda no número de doações, que podem chegar a ter baixa de até 40% de seu total. O Ministério lembra que qualquer pessoa com peso acima de 50 quilos e idade entre 18 e 67 anos é apta a doar sangue. Jovens com idade entre 16 e 17 anos também podem doar desde que haja consentimento formal do responsável legal. Embora esclarecidos, alguns mitos levantados por pessoas sem a devida instrução têm colaborado para que os hemocentros recebam menos doadores. Entre eles estão: - de quem doa sangue uma vez tem que continuar doando pelo resto da vida; - a doação "engrossa" o sangue, entupindo as veias; - a doação faz o sangue "afinar", "virar água", provocando anemia; - doar sangue engorda; - doar sangue emagrece; - doar sangue vicia; - mulheres menstruadas não podem doar sangue; - "posso ficar sem sangue suficiente"; - os doadores correm risco de contaminação. Descomplicado o processo requer mesmo apenas que os doadores não podem estar em jejum e devem fazer um repouso mínimo de seis horas na noite anterior. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas por 12 horas, alimentos gorduras por três horas e cigarros por, pelo menos, duas horas antes da doação. Lembre-se: no momento da doação é necessário apresentar documento com foto válido em todo território nacional.