Conheça o personagem que levou o autismo para a pauta da mídia brasileira

16/04/2021 18:16

Além dos personagens deficientes Dorinha e Luca, retratados na turma da Mônica, existe um outro personagem não tão conhecido, mas igualmente especial, chamado André. Um menino autista que traz a representatividade necessária para o assunto na mídia.

O personagem criado por Maurício de Sousa Produções no ano de 2002, a convite da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, teve como objetivo demonstrar alguns sinais do autismo infantil, algo muito comum, mas que acaba não entrando em pauta muitas vezes.

Esse garotinho mais do que especial, é uma criança quieta e tímida, de aproximadamente quatro aninhos de idade.

Como descrito na edição promocional, ”Um Amiguinho Diferente", André não costuma olhar nos olhos das pessoas, não fala "oi" ou "tchau" para aqueles que encontra, não aponta para coisas interessantes, costuma falar pouco, e quando fala, fala o essencial ou palavras ouvidas recentemente.

O personagem não imita outras crianças e não brinca de faz-de-conta, mas costuma se entreter com coisas mais diversificadas, como gangorra ou carrinhos, além de fazer coisas extraordinárias comparadas a maioria das crianças de sua idade, como montar incríveis quebra-cabeças e tocar piano, sim... com quatro anos, acredita?!

Parte das características de sua personalidade são comumente encontradas em crianças que sofrem de autismo, só não podendo ser generalizado, pois mesmo com a maioria dos casos sendo relacionados com as dificuldades de comunicação, relacionamento social e a forma como a pessoa percebe o mundo, existem níveis e graus diferentes do autismo em cada pessoa.

Vale ressaltar que, ser autista não significa viver num mundo interior, mas sim ter dificuldades, as quais podem ser superadas com o auxílio adequado.

Outro ponto importante a se saber é que o Transtorno do Espectro Autista não é uma doença, diferente do que pensa o senso comum. Como o próprio nome sugere, não há só um, mas vários subtipos do transtorno, devido aos diferentes níveis de comprometimento, sendo preciso utilizar o termo “espectro” para abranger todos eles.

Ou seja, cada paciente é afetado de uma maneira diferente, tanto que algumas pessoas nunca chegam a saber sobre o transtorno e levam uma vida independente, ao contrário de casos mais graves, onde o diagnóstico precoce é fundamental para que se inicie o quanto antes o tratamento, pois, apesar de não ter cura, é possível melhorar a qualidade de vida através do acompanhamento interdisciplinar, que deve ser sobretudo personalizado.

Atualmente, a identificação do transtorno é feita por meio de observação, pois não há exames que detectam o autismo, e apesar de suas causas continuarem sendo um mistério, sabe-se até agora que os fatores genéticos influenciam fortemente em sua aparição.

Por isso, sempre preze pelo acompanhamento médico, para que caso haja a possibilidade de sua existência, o diagnóstico o reconheça e os devidos cuidados sejam tomados desde o princípio.

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