Brasileiros identificam proteína que auxiliará no tratamento contra a Aids

02/03/2011

Pesquisadores brasileiros conseguiram identificar uma proteína que ajudará a desenvolver, no Brasil, uma vacina para o tratamento da Aids. O trabalho foi realizado por cientistas de três universidades federais: de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Pernambuco. O tratamento desenvolvido com vacina terapêutica não é preventivo, mas pode melhorar a qualidade de vida dos doentes, sendo que 18 pacientes-voluntários já a testaram e metade deles teve a carga viral reduzida a quase zero. Cientistas então quiseram saber por que um grupo de pacientes reagiu melhor à medicação que o outro. E a resposta está nos fatores genéticos: as células de defesa dos pacientes que mais reduziram a carga viral produzem uma quantidade maior de uma proteína específica chamada NALP. “O papel desta proteína no combate ao vírus da Aids é reconhecer o vírus e chamar a atenção de outras proteínas inflamatórias que geram a cascata de eventos moleculares, visando à destruição do próprio vírus”, afirma Sérgio Crovella, professor da UFPE. Assim, a partir da presença da proteína NALP nas células de defesa, os pesquisadores desenvolveram um marcador genético que permite identificar quais os pacientes mais resistentes e os mais vulneráveis ao vírus da Aids. A descoberta definirá o critério de seleção dos doentes para os estudos, podendo ainda melhorar a qualidade da vacina. “Nos ajuda a pensar e entender melhor sobre o mecanismo da doença e da infecção, além de uma confecção mais inteligente da vacina”, resume Luiz Cláudio Arraes Alencar, pesquisador da UFPE.
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