Médico lança atlas que orienta colegas de profissão sobre DSTs

06/07/2011

Na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, um médico e professor lança um novo atlas para doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A obra tem como público-alvo médicos de diferentes especialidades e até dentistas – já que essas doenças aparecem na boca em cerca de 10% dos casos registrados no livro. Para o autor, Mauro Romero – também coordenador do centro de referência em DST da UFF, tais doenças estão sendo negligenciadas no Brasil. O profissional ainda afirma que a incidência de doenças como sífilis e herpes, assim como do vírus do papiloma humano (HPV), estão crescendo no país. O especialista conta que, muitas vezes, quando o paciente chega até ele, já está em estado grave, pois falta conhecimento sobre as enfermidades. Um exemplo que o médico dá é do câncer de pênis, que muitas vezes se origina de um HPV. Sem o diagnóstico correto, o problema pode evoluir para algo pior. No novo material, Romero tenta fazer um relato dos casos atendidos desde a primeira consulta até o fim do tratamento, mostrando como deve ser feito o diagnóstico e qual é a medicação mais indicada, entre outros aspectos. A obra traz 1.376 fotografias e tem a colaboração de 102 profissionais. Além disso, há também filmagens das consultas e das cirurgias – o que, segundo o professor, é uma novidade e um diferencial em relação às outras obras. “Livros médicos normalmente são quadrados, têm mil páginas e são para consultas”, argumenta Romero, que completa: “Essa forma de atlas mostra a verdade nua e crua do caso”. Ainda, além dessa obra, destinada aos profissionais, o especialista tem também um livro chamado “HPV, que bicho é esse?”, destinado ao público geral. Para Romero, a divulgação das DSTs deveria ser maior, visando frear o avanço desses tipos de doenças – inclusive porque muitas vezes elas envolvem preconceito e vergonha, quando os pacientes ficam estigmatizados. – Por isso um capítulo do atlas é destinado a doenças que, apesar de surgirem na genitália, não são sexualmente transmissíveis como as alergias, por exemplo.
Conversar pelo Whatsapp
Olá estamos esperando seu contato!
Que tal tirar suas dúvidas pelo WhatsApp?
Iniciar Conversa!