O professor Cesar Koppe, do instituto de biologia da Universidade de Brasília (UnB), conseguiu isolar em cápsulas as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do extrato e do óleo de pequi – planta nativa do cerrado. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, o produto aguarda o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado. A UnB informa também que uma empresa de Brasília (DF) já adquiriu os direitos sobre a patente. Na primeira fase de testes com o produto, Koppe observou a capacidade antioxidante do extrato e do óleo de pequi em células cultivadas. Na sequência, testes feitos em camundongos confirmaram as propriedades da planta nativa do cerrado de anular o efeito dos radicais livres, moléculas responsáveis pelo envelhecimento. Já na terceira etapa de testes, o óleo e o extrato foram ministrados a um grupo de 60 maratonistas. – Conforme a universidade, por exercerem atividade física intensa, eles produzem mais radicais livres. Assim, exames feitos após a realização de uma maratona, foi registrado que os atletas que tomaram as cápsulas de óleo e do extrato de pequi tiveram menos danos celulares que os que os que não tomaram. Agora o produto será testado em pacientes com lúpus do Hospital Universitário de Brasília. Contudo, de acordo com informações da UnB, Koppe afirma que a descoberta pode ajudar na preservação do cerrado, pois “ainda existem muitas espécies que podem ser trabalhadas como o baru, a arniquinha e o arnicão – todas abundantes ainda em áreas de preservação como a Chapada dos Veadeiros”.