Universitário cria bengala eletrônica para deficientes visuais

20/07/2011

Na última semana, foi divulgado que o estudante universitário Carlos Solon Guimarães criou um protótipo de bengala eletrônica, de baixo custo, com dois sensores que avisa o deficiente visual quando há algum obstáculo a um metro de distância. Cada um dos sensores – o mesmo usado em celulares – é programado para vibrar quando há um objeto acima ou abaixo da cintura. “Quando ambos balançam, quer dizer que o obstáculo é grande”, explica Guimarães, que criou o protótipo para seu trabalho de conclusão de curso da faculdade de Ciência da Computação, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no Rio Grande do Sul. A ideia do universitário surgiu por meio de projetos da universidade que buscam alternativas para deficientes visuais. “Ele viu a possibilidade de desenvolver um projeto para que os deficientes não precisem mais ficar cutucando o solo para saber onde estão”, completa o professor Carlos Oberdan Rolim, co-orientador do formando. Nos Estados Unidos, porém, já existe uma versão de bengala eletrônica vendida por US$ 1,4 mil, enquanto que no Brasil um outro estudante criou um aparelho parecido, mas que conta apenas com um sensor, saindo por R$ 500. “Só a parte eletrônica do meu protótipo, com componentes comprados no Brasil, custa R$ 225 – sem contar a bengala”, defende Guimarães sobre valores e gastos de seu aparelho, quando foram usados apenas softwares e hardwares de código aberto – quer dizer, qualquer pessoa pode usar e alterar sem pagar nada. “A bengala foi feita com equipamentos de baixo custo, mas isso não quer dizer que ele usou lixo eletrônico; ele apenas aproveitou tecnologias abertas para fazer a bengala”, explica o professor Rolim. Mas, como a formatura do estudante está marcada apenas para dezembro, é pretendido melhorar o protótipo, bem como realizado um estudo de como a bengala será inserida no mercado. “Ainda não sei se será uma bengala fixa ao sensor ou adaptada; espero, então, conseguir investidores e vendê-la por, no máximo, R$ 300”, afirma o universitário. Já o professor completa, resumindo: “O trabalho ainda não foi concluído, mas está bem adiantado. A ideia é ter uma bengala realmente formada. O protótipo é feito com canos PVC, por exemplo. Também pensamos em, no futuro, criar um kit para que o deficiente conecte os sensores à sua bengala”.
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